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INSETOS SOCIAIS EM REDE 2021 - MESA REDONDA: INSIGHTS SOBRE A REPRESENTAÇÃO FEMININA

Insights sobre a representação feminina, chegada de crianças e o agravamento das injustiças devido à pandemia: inclusão, diversidade e engajamento público no STEM

 



Manuela Ramalho (Cornell University, Department of Ecology and Evolutionary Biology, Ithaca, Nova York USA) Myrmecology has majority of females only within the colony: insights into female representation

Isis Caroline Siqueira Santos (Federal University of Grande Dourados, Department of Entomology and biodiversity of conservation, Dourados, Mato Grosso do Sul, Brazil) Racismo estrutural e seus reflexos para as mulheres pretas na ciência

Pamela Decio (Federal University of São Carlos, campus Sorocaba, Department of Environmental Sciences, São Carlos, São Paulo, Brazil) Como a chegada dos filhos impactam na carreira científica e como isso é sentido na área da Mirmecologia?

Vanelize Janei (Laboratório de Cupins, Departamento de Biologia, Instituto de Biociências, Univ Estadual Paulista, UNESP, Rio Claro, SP, Brazil) A divulgação científica como ferramenta para valorização, inclusão e diversidade na ciência

Resumo: Mulheres são sub-representadas na ciência e outras carreiras do STEM. E na mirmecologia o panorama não é diferente, pois a representação feminina não aumentou significativamente nos últimos 30 anos. Diversos fatores podem são responsáveis por esta baixa representatividade, como exemplo o baixo incentivo das meninas a ingressarem nessas áreas, sendo ainda mais baixo para mulheres pretas. O racismo estrutural ainda tem um grande papel na sociedade e as mulheres pretas são ainda menos representadas dentro da academia. Adicionalmente, identificar os desafios dos pais cientistas é um primeiro passo para garantir que, principalmente as mulheres, não tenham que deixar a academia por causa dessa decisão pessoal. Como se não bastasse, na pandemia a disparidade de gênero ficou muito mais desafiadora para as cientistAS. Isto porque de forma cultural e estrutural, a mulher ainda é vista como a única responsável pela manutenção dos serviços domésticos e cuidado dos filhos. Logo é necessário ações para tornar a ciência mais democrática e inclusiva, abrangendo também discussões sobre o racismo, comunidade LGBTQIA+, capacitismo e outros temas que tornam a ciência um ambiente de segregação. Outro grande desafio para o cientista é promover a divulgação e o engajamento do público na ciência. Parte do negacionismo da ciência que estamos vivenciando no mundo vem de nossa falha de comunicação com sociedade. Mas na era das “Fake News” e mídias sociais, o ceticismo também tem um grande impacto em fazer com que as pessoas não confiem em informações reais e comprovadas pela ciência. Adicionalmente, pessoas sem formação acadêmica sentem dificuldades com interpretação de jargão científico e manuscritos em inglês, mantendo as informações ainda mais restritas. Então, junto com outras biólogas, decidimos criar uma coalizão para a comunicação científica: Mulheres Decifrando a Ciência. Através de infográficos e linguagem simples, divulgamos ciência em diversas redes sociais em português e inglês. Além de refutar notícias falsas relacionadas à pandemia, também divulgamos a importância dos insetos (especialmente insetos sociais), e vimos que é uma excelente oportunidade para amplificar outras mulheres e cientistas sub-representados na ciência, afinal representação importa. Mais projetos como este são fundamentais para tornar a ciência um tema mais acessível, inclusivo e diverso. Venha conhecer os números e o sucesso que essa iniciativa conseguiu alcançar em apenas 1,5 anos. Acreditamos que o mundo pode ser um lugar melhor com a ciência, e com todo esse poder, a ciência deve ser para TODXS!